| Descrição |
Antes de se entrar na Casa de Pielas, percorre-se uma alameda de plátanos com aproximadamente 100 metros, que orienta o olhar e o percurso para a área de recepção da casa. Chegando a este espaço, é possível observar-se o portão principal, integrado numa frente trabalhada em granito, que enquadra ao mesmo tempo a área de recepção, revestida a gravilha, com um pequeno lago redondo e repuxo em ferro no seu ponto central. O lago está inserido num canteiro de forma circular, delimitado por pequenas pedras irregulares em granito, e a planta que se destaca no seu interior é a roseira.
A partir da área de recepção, situada ao nível da entrada para a casa e num patamar superior, é possível ver o jardim existente a uma cota inferior. A ligação entre estes dois espaços é realizada através de uma escada, que na parte mais elevada está assinalada por dois marcos em granito, dois cedros podados de forma cónica e dois carvalhos americanos. Deste ponto de vista, também se vê a parte superior das camélias existentes no jardim, talhada em esfera.
O jardim está estruturado num eixo principal que se divide para as laterais em caminhos, que definem os canteiros de forma rectangular. Estes têm nas suas bordaduras buxo arbóreo e seu interior é ocupado predominantemente por relvado, pontuado com alguns arbustos. Na intersecção dos eixos principais existem canteiros circulares com o mesmo tipo de vegetação.
Como elemento principal do jardim, destaca-se a zona de fresco situada no eixo central. Esta é constituída por camélias bem mantidas e podadas, que definem uma área circular coroada por cinco esferas talhadas. No seu interior encontra-se um lago em granito com repuxo, que confere grande ambiência ao espaço.
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Campo de Edição
Pública: |
A referência mais antiga que se conhece data de 1582 e relata a doação que o Rev.do Padre Gomes Alvares, vigário do Mosteiro de S. Miguel de Refojos de Basto morador em Piellas e proprietário da quinta de Cima de Vila de Piellas fez a Baltazar Alvares e a sua mulher Benta de Faria e a Rodrigo Annes e a sua mulher Beatriz Alvares, seu irmão e cunhado, respectivamente.
Em 23 de Novembro de 1661 foi renovado a Luís Pimenta Rebello e sua mulher Mariana Pereira de Araújo o prazo foreiro ao Colégio de S. Bento da Universidade de Coimbra de terras que estavam vagas.
A neta destes proprietários, Maria Thereza Leite Pereira Rebello casou em Outubro de 1723 com Antonio de Carvalho e Almeida, cavaleiro fidalgo, que foi capitão-mor de Rio Grande do Norte de 1701 a 1704. Mais tarde achou-se nas Campanhas do Alentejo no ano de 1708 no rendimento de Alcaria La Puebla, em 1709 no Campo da Ponte de Olivença para impedir a passagem dos inimigos e em 1710 na ocasião em que se intentou restaurar Moura e por fim foi nomeado Mestre de campo do terço de Infantaria Auxiliar da Comarca de Chaves.
Em 1830, o seu neto, Teodoro António de Carvalho e Almeida Leite Pereira, senhor da Casa de Pielas, desposa D. Justina Praxedes Ferreira Pinto Basto que se dedicou à construção do jardim dando às japoneiras especial destaque.
Neste e noutros jardins de Basto existiu uma predilecção pelas podas fantasistas de algumas espécies, além das japoneiras os teixos e os buxos. |