| Descrição |
Com as qualidades medicinais únicas existentes nas águas na vila de Vidago, houve uma crescente afluência das populações ao lugar, e existem referências que já os romanos tiravam partido dessas águas, utilizando-as para beber, lavar os corpos e curar doenças.
No início do século XX construiu-se o Vidago Palace Hotel, inaugurado em 1910, sendo na época uma das unidades mais distintas de todo o país. O parque começa a surgir com o aparecimento das fontes e com a posterior construção do hotel, onde é criada a unidade entre estas estruturas. Algumas das espécies vegetais foram trazidas do Horto das Virtudes, no Porto, e o espaço exterior, de influência romântica, tem marcas da passagem de Marques Loureiro e Jacinto de Matos, nomeadamente nos espaços intimistas e no lago com gruta.
A partir da entrada principal do parque vislumbra-se a alameda que forma um eixo visual rematado pelo hotel, e do seu lado direito está situado o grande lago, de forma orgânica e com uma ilha central. Ao longo do tempo foi perdendo alguma diversidade das espécies vegetais, mas na actualidade o lago ainda se encontra enquadrado com árvores de grande dimensão, criando na sua envolvente, em conjunto com a sinuosidade dos percursos, um espaço agradável e intimista. No remate da alameda principal, junto ao hotel, abre-se paralelamente a este uma outra alameda que orienta o percurso ao longo das fontes existentes no parque. Ao longo do espaço vão surgindo outros entre a vegetação, nomeadamente um lago desenhado e integrado nas rochas e na vegetação envolvente. Também adjacente a esta alameda das fontes está o campo de golfe, construído por MacKenzie Ross em 1936, com interessantes composições arbóreas.
Durante décadas o Vidago Palace Hotel, o seu parque e campo de golfe foram um dos grandes símbolos do termalismo em Portugal.
[AS]
|