| Descrição |
Inserido no centro histórico de Amarante, a Casa dos Macedos, cujas origens remontam ao séc. XV é, do ponto de vista formal, marcada por um conjunto de volumes que foram sendo construídos ao longo dos tempos, sobretudo no século XVIII. O edifício, ostentando no cunhal do seu corpo principal a pedra de armas, classificada como Imóvel de Interesse Público, integra-se num terreno armado em socalcos, que também acolhe um jardim de buxo e uma área de produção hortícola.
Ao jardim acede-se a partir do segundo piso da casa ou, directamente, a partir da rua. Neste caso, segue-se um caminho, alinhado pelo portão de acesso, que se prolonga por umas escadas em granito, de aspecto tosco, que conduzem até ao patamar superior do jardim. A antecede-lo, encontra-se um terreiro rematado, a Nordeste, por um imponente muro em pedra, devido à sua grande altura, a que se associa um tanque rectangular em granito, para lavagem de roupa, alimentado com água a partir de duas pequenas carrancas. Daqui acede-se a um segundo patamar, a cota mais elevada, onde se encontra outro jardim de buxo e ainda aos patamares superiores onde existiam, antigamente, a horta e o pomar, hoje não cultivados.
O jardim do patamar inferior é o de maiores dimensões. É um jardim marcado em quase toda a sua extensão pela geometria regular dos canteiros de buxo, caminhos, muros e levadas de água. Interiormente, os canteiros de buxo, arbóreo e anão, estão plantados com vegetação variada, como agapantos, roseiras, jarros, evónimos. De referir ainda o coberto arbóreo denso de camélias de médio e grande porte e outras árvores plantadas mais recentemente. Algumas levadas acompanham os caminhos de laje ou de calçada irregular de granito. Aliás, a água é um elemento abundante neste espaço. Um dos limites do jardim, pelo lado sudoeste, é feito por um muro de pedra de granito interrompido, de forma compassada, por namoradeiras.
No patamar superior encontra-se o outro jardim. De forma rectangular, está delimitado em um dos lados por uma casa de habitação pertencente à mesma família e nos restantes lados por muros de suporte. Neste espaço, o desenho dos buxos é marcado por formas algo orgânicas e no seu interior pontuam algumas roseiras e uma ou outra árvore. Um caminho em laje de granito, que existe no limite sudoeste, é acompanhado por duas fileiras de buxo e pela pontuação de camélias de médio porte.
[SC, 07/2007]
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