Arte Paisagista no Norte de Portugal

Inventário de Sítios de Interesse

Ficha de Inventário

Referência: POBA0175
Designação: Quinta de Guimarães
Tipologia: Jardim Privado / Quinta de recreio
Propriedade: Privada
Distrito: Porto
Concelho: Baião
Freguesia: Santa Marinha do Zêzere
 
Uso Actual: Quinta de produção agrícola, turismo habitação
 
Descrição
Situada num cabeço da margem direita do Douro com excelentes vistas para o rio, a Quinta de Guimarães tem cerca de 40 hectares sendo que a sua ocupação é feita maioritariamente por vinha para produção de vinho verde, mata, casa e jardim formal, capela e dependências agrícolas.

O actual proprietário é Carlos Maria Tavares da Cunha Coutinho que também possui a Casa das Casasnovas, situada noutro cabeço, ali próximo e também na mesma freguesia.

A entrada na quinta faz-se por um caminho estreito de terra batida cercado por vinhas e árvores de fruto. Conduz-nos a um terreiro que faz a ligação directa para a capela, a casa e dependências agrícolas. De acordo com inscrições no local, a casa e a capela, de feição barroca, terão sido construídas na 1ª metade do século XVIII.

A sudoeste, e acompanhando todo o comprimento da casa e no mesmo patamar, situa-se o jardim. Com características formais clássicas, embora aparente ter sido delineado já no século XX, apresenta um desenho em buxo muito expressivo e bem elaborado, permitindo o seu desfrute a partir da varanda da casa, de onde se obtêm também vistas admiráveis para o vale do Douro.

Por entre os buxos pontuam algumas roseiras sem contudo se verificar a consistência de plantação típica de um roseiral. Os elementos arbustivos e arbóreos como camélias, cedros-do-atlas e tangerineiras, são na sua maioria exemplares de reduzida antiguidade sendo a camélia o exemplar que aparenta ter mais idade. Estas plantas surgem na orla do jardim de buxo e separam-no de um outro espaço de estadia localizado no mesmo patamar. Este espaço, de transformação recente, é dominado pela presença de uma piscina, relvado e estruturas de apoio e ainda um tanque em pedra lavrada que poderá ter feito parte do sistema hidráulico original. Dada a proximidade deste espaço ao celeiro e eira crê-se que poderá ter tido uma ocupação agrícola antes da sua conversão em espaço de recreio. No limite oeste deste jardim, na transição para a zona de vinha que estende pela encosta abaixo, situa-se um interessante mirante em ferro, com vistas sobre o Rio Douro e suas encostas.

É um espaço bem conservado. As alterações introduzidas no espaço da quinta, nomeadamente para fazer face às necessidades do Turismo de Habitação não parecem ter comprometido a integridade da estrutura do jardim mais antigo.

[SC, 10/2007]
 
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