| Descrição |
Seguindo em direcção a Campelo, vindo do centro de Baião, avista-se a imponente casa solarenga que se destaca pela luz que irradia devido à incidência da luz solar sobre a fachada principal branca voltada a Sudeste.
O acesso faz-se pelo lado Poente por um caminho ensaibrado, onde se localiza um cruzeiro em granito. Este caminho termina no portão de entrada da propriedade e, daqui, acede-se ao terreiro plano que envolve o edifício nos seus lados Oeste e Sul.
Numa inscrição pode-se ler:
“ESTA CASA ANTERIOR A 1570 FOI RECONSTRUÍDA EM 1706 POR INÁCIO FERREIRA CAMPELO – REFORMADA POR ALEXANDRE FERREIRA CABRAL PAIS DO AMARAL EM 1913 – E AUMENTADA (ALAS NO E SO) POR ANTÓNIO FERREIRA CABRAL CAMPELO EM 1927”.
A construção dos jardins iniciou-se nesta última fase e vêm sendo apurados ao longo dos tempos, pelo gosto e dedicação dos seus actuais proprietários.
O edificado possui um claustro soberbamente ornado com um chafariz de granito com três taças, chão com desenho em granito, calcário e basalto.
O jardim principal, localizado em frente á ala Sudeste, encontra-se num patamar inferior, possibilitando uma vista panorâmica sobre este a partir do edifício. É um jardim de geometria rigorosa, estruturado simetricamente em relação ao seu ponto central, marcado por uma coluna granítica de fuste monolítico liso, com base e capitel de ordem dórica. Uma taça hexagonal com repuxo encontra-se em cada um dos lados, marcando o centro das parterres direita e esquerda. Este patamar é delimitado por um muro de granito com namoradeiras e um varandim com guarda de ferro forjado. No interior das perterres de buxo diversas plantas com flores coloridas dão vida ao jardim e conferem-lhe uma grande dinâmica cromática. Num outro patamar, inferior ao do jardim, encontra-se um pomar delimitado com vinha, também este nivelado e contido por um muro. Um último lanço, destes 3 socalcos leva-nos aos campos agrícolas de produção de milho.
Um outro jardim encontra-se localizado junto á capela para o qual se acede por umas escadas que nos conduzem ao nível do 1.º andar do edifício. Este está organizado em dois pequenos pátios ensaibrados, separados por uma escadaria, com canteiros e vasos floridos que envolvem o edifício.
Esta casa possui uma elevada variedade de plantas ornamentais, das quais se destacam pelo seu porte, uma tília, um liquidambar e um cipreste com cerca de 40 anos.
Todos os jardins apresentam um excelente estado de conservação e mantêm uma estrutura íntegra e harmoniosa.
[LR, 03/08/2007] |