| Descrição |
A Casa e quinta de Arcouce, com origem no séc. XVII, foi ao longo dos tempos sofrendo diversas alterações, estando a maior destas associada à família "Azeredo Pinto Melo e Leme", da qual figuram as armas na Casa, do final do séc. XVIII. Esta fazia parte do imenso património da Casa de Penalva.
Classificada como Imóvel de Interesse Público desde Março de 1996.
O acesso à Casa faz-se por um caminho rústico, sombrio, estreito e fechado, delimitado por muros altos e vegetação frondosa, através do qual se percepciona clausura. Após uma curva mais apertada entramos num caminho de onde se avista o portal ameado da entrada, voltado a nascente. Logo a seguir, o espaço abre para um amplo terreiro onde se eleva o efeito surpresa ao avistar a imponente e luzente casa solarenga. O jogo de luz é surpreendente.
De assinalar ainda, junto ao caminho de acesso, uma gruta de acesso à mina de água e um tanque com carranca da boca da qual jorra água. Daqui sai a água que abastece a Casa, o jardim e a horta/pomar.
A envolver a Casa encontram-se diversas árvores e arbustos, entre os quais se destacam, pelo seu porte, enormes Cedrus deodara, Cupressus sempervirens, Picea sp., Chamaecyparis lawsoniana, Aurocaria bidwillii, Camélia grandiflora e ginkgo biloba.
A delimitar o terreiro da entrada existe uma sebe de buxo (buxus sempervirens). Este também está presente numa sebe talhada em forma de ameias que limita o pomar localizado a sul.
Um outro jardim encontra-se localizado frente à fachada poente, com desenho ortogonal de sebes de buxo-anão que contêm flores garridas. Este, embora ainda íntegro, encontra-se em acentuado estado de degradação provocado pela ausência de manutenção. É de prever o seu desaparecimento caso não se intervenha brevemente.
Deste jardim, no centro do qual está um chafariz circular de granito com repuxo, tem-se uma vista privilegiada sobre a paisagem que se estende por vários quilómetros, desde o vale do ovil, onde predomina o cultivo do milho, até às florestadas serras da Aboboreira e do Castelo de Matos.
[LR, 02/08/2007] |